Burning in The Skies

   Não consigo pensar, as cores invadem o pensamento. Na sala, no quarto, na cozinha, na varanda. Em todos os lugares e ao mesmo tempo, apenas na cama, a confusão dos sonhos invade novamente.
   Nada é simples, nada é fácil, mas se souber o que fazer, nada é difícil. Quando se esta no lugar certo, com a pessoa certa, o momento certo, tudo que você conhecia se torna luxúria. Palavras, ações, sentimentos, movimentos.
     Vou fazer com que seu coração acelere e fazer sua vida virar um sonho, essa noite. Apenas por uma noite, é como um desejo que eu preciso realizar. Olhe-me nos olhos, respire fundo, pois nada que acontecer hoje você vai ter de novo. 

Minhas mãos fora de controle, mas totalmente no controle passam pelo seu pescoço, pelos cabelos curtos e castanhos, voltam ao pescoço, meus dedos brincam fazendo minhas unhas, pintadas num gentil tom de azul, deixar marcas por ali. Lentamente, as mãos vão mais para baixo, os dedos sempre fazendo brincadeiras com as unhas, a mão esquerda chega a sua cintura, levanto sua camisa vermelha e mais marcas de unha que o provocam fazendo-o parar de beijar-me e morder meu lábio. Meu corpo totalmente em suas mãos firmes e quentes, que até pouco permaneciam em volta de minha cintura e agora dançam com força por minhas pernas e voltam até a cintura, sobem ao peito, descem para a perna. E eu concentrando-me em beijar sua boca, morder a boca, beijar o pescoço, morder o pescoço, fazê-lo arder com provocação. Enquanto a concentração dele se tornava em levantar-me e fazer-me prender as pernas em sua cintura, eu continuava beijando-o e vezes mordiscando, agora posso sentir suas mãos ainda mais quentes - que me satisfazem saber que a provocação da certo e me escapa um pequeno sorriso - pouco abaixo de minha cintura. Minhas mãos agora tiram os botões da camisa dele e ambos os lábios contém sorrisos sedutores. Com a camisa no chão e as mãos em ação ele encosta-nos na parede sem gentilezas e aumenta o ritmo das mãos e lábios. 
Permanecemos nisso por alguns minutos, no entanto, eu queria mais, muito mais. Sussurrei em seu ouvido "eu sei que você pode fazer mais" e mordisquei-o. O que resultou nele sussurrando em meu ouvido "você quem sabe" e puxando meus cabelos, jogou-me no chão. Imediatamente, rolei para cima dele e marquei seu pescoço com uma mordida, fazendo-o rolar para cima de mim, desabotoar minha blusa com a boca e então, nós dois sem camisa. Ambos fora de si, o que nos controla não são mais pensamentos, são desejos por prazer. Ele então falou em meu ouvido "isso não é certo", lhe respondi com um "proibido é melhor" e antes que qualquer outra coisa acontecesse, comecei a tirar meu shorts, trabalho que ele terminou para mim, deixando-me livre para beijá-lo e colocar as mãos em seu rosto. 
Logo ele sussurrou em meu ouvido "o jeito como você se move não é justo" e então eu despertei e ocorreu-me o pensamento com um tom meio infantil e teimoso "eu ter que acordar não é justo". Ainda com essa sensação de decepção, caminho até o banheiro, quem sabe lavar o rosto ajude para começar um novo dia, e com esse pensamento lembre-me de "Carpe Diem". Tantas coisa me ocorrem com essa simples expressão, às vezes penso o porquê ela me faz sentir melhor e após vários minutos chego à conclusão nenhuma. 
Há dias não chego à conclusão nenhuma e continuo tendo esses sonhos psicodélicos... Também sem conclusão ao motivo disso. 
Tudo bem, não necessito de conclusões, diga num sussurro a mim mesma. Ando até a cozinha, olho em volta, ainda não me acostumei a morar sozinha, quem sabe algum dia. Vou até o som, percebo que passou a noite ligado no pause, apenas apertei play e aumentei o volume sem importar-me que música estaria tocando. Virei-me e andei lentamente até o quarto, tentei seguir o ritmo da música, mas dança nunca foi a melhor coisa do meu currículo. Chego à porta do quarto, e deparo com a cama não vazia. Olho para minhas unhas, estão azuis, olho para o chão, uma camisa vermelha, minha blusa, meu shorts, uma calça jeans azul escuro... Fui até o armário pegar algo para vestir, ao virar-me de volta para a cama ele já estava sentado, antes de qualquer coisa, ele falou-me "Sonho delicioso não?". Eu o encarei. Talvez tudo isso ainda fosse minha mente pregando peças... Talvez!  


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