Um fim de semana, fomos a praia, eu e meu irmão, com nossa tia e prima. Por acaso, acabei perdendo-me deles em um sábado, não preocupei-me com isso, eu era uma criança, não sabia o que fazer. Então sentei a beira do mar e observei.
Enquanto observava os navios, que pareciam não estar se movendo nem um centímetro, passou uma borboleta em minha frente. Achei incomum, uma borboleta tão próxima do mar, mas, de novo, o que eu sabia? Eu observava suas cores, marrom escuro mesclado com marrom claro, pensei nunca ter visto algo tão bonito em minha pouca vida.
Abrangida em meus pensamentos, percebi um garoto ao meu lado. "Há quanto tempo esta aí?" Perguntei envergonhada. "Faz uns 5 minutos." Respondeu-me com simplicidade. "Por que esta aí?" Perguntei. "Estava vendo você observando a borboleta, parecia tão feliz." Claro que naquela época eu não fazia a menor ideia do que significava aquilo, quem sabe, ele também não. Mas ficamos conversando, falando sobre as cores do céu e do mar, pensamos por que as duas eram azul.
Hoje em dia, eu observo algumas crianças e penso que para a nossa idade, aquela conversa era muito complexa. E depois penso como conseguimos falar sobre aquilo, mas o dia seguinte aquele responde todas as perguntas: O melhor sentimento do mundo é aquele que você tem quando descobre que a pessoa que voce gosta, também gosta de você. E mesmo uma criança pode falar.
Estranho, sim. Mas impossível nunca. Existem sentimentos que nos levam a fazer coisas inacreditáveis, inimagináveis e até, por vezes, patéticas. O que eu sei agora, era que aquele sentimento levou-me a beijar o garoto, só não sei se isso foi uma decisão inacreditável, inimaginável ou patética.
Patética, tenho certeza que não. Inacreditável e inimaginável...
Um pouco.
****
Feliz dia do amigo. (:
Comentários
Postar um comentário