Um mar de amarelo

  Cansada de todo o drama, queria tentar algo diferente. "O que fazer quando nada há para fazer?" era a grande questão. O que fazer o que fazer o que fazer. "É possível mudar uma personalidade apenas por querer?" uma questão que interessou mais que todas as outras - talvez porque estivesse passando por uma crise de identidade. Falta de amigos, falta de sociabilidade, falta de gente esquisita, falta de disposição. Além disso, sempre quis testar a teoria que criou muito tempo atrás. Uma pessoa pode mudar completamente por um simples oi que ela dá ou não na rua. Olhando para as pessoas como um personagem de jogo, imaginando algumas barrinhas de "habilidade social" "introvertido/extrovertido" "problemático" "musicalidade"* "criatividade" "normalidade" e tantas outras, que a cada ação feita por e para certa pessoa aumenta ou diminui em alguma dessas barras. Um interessante exemplo: ao ponto em que essa teoria foi criada, a normalidade estava em praticamente zero. Ao ponto em que a teoria está sendo testada, já deve estar abaixo de zero. Teste número um: Assistir animes aumenta a criatividade? Sim. Assistir animes aumenta a habilidade social? Com certeza não. Teste número dois: "Sing along" ao escutar músicas te deixa mais extrovertido? Definitivamente. "Sing along" aumenta o nível de normalidade? Até demais. Teste número três: Interagir com pessoas que tenham pelo menos um algo em comum aumenta habilidade social? Óbvio. Interagir com pessoas que tenham pelo menos um algo em comum faz alguma diferença em musicalidade? Sim. Então surge a pergunta "e a personalidade realmente muda devido a esses fatores?". Não.





* Musicalidade = modo de apreciar músicas.

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