Feitos de energia, emoldurando uma vida

     O que mais lhe parecia peculiar naquela ensolarada estrada rumo ao que ainda não sabia não era nem a enorme possibilidade de cometer erros, mas a ausência do medo de fazê-lo. E lá estava ela e sua mania de falar em terceira pessoa mais uma vez.
     Não se diria tratar de um círculo por perceber que os caminhos mudam, porém, sempre acaba em situações semelhantes. Talvez simplesmente não tenham tantas combinações possíveis assim no meio sociável que elas precisem se repetir de tempos em tempos.
     Não que as tais situações fossem irritantes ou desconfortáveis, nem mesmo confusas. No momento, tudo que se podia classificar era "estranho". Pois é, anos se passam, e nada de as coisas ficarem normais - o que se torna muito bom para uma eterna criança em termos de curiosidade.
     Ações e resoluções antes aplicadas, por mais que digam ser um aprendizado para o futuro, sobre não cometer os mesmos erros, ainda assim, elas não são novamente aplicáveis. Por um caminho semelhante, talvez, fazendo ajustes ao longo da via, adaptando às novas experiências. Essa que se torna a melhor parte, um eterno emolduramento sobre as forças da natureza à nosso favor.
     E lá estava ela começando uma ideia sem saber onde ia chegar e sem ter a certeza se realmente acabou mais uma vez.

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