Não vou mais correr (?)

  "More about college" era o título inicial a esse texto, entretanto, no meio do caminho, se tornou um texto não sobre a faculdade, mas sobre a Filosofia em si. Logo, esse título deixou de ser adequado. Minha crença de que a filosofia não deveria ser institucionalizada é, na verdade, um tanto quanto supérflua. Ao mesmo tempo em que penso não ser correto a aplicação de obrigações como provas e trabalhos, o meio de discussões e ideias é também bem acolhedor. Apesar de que muitas discussões ficam limitadas no conteúdo de tal professor, é confortante saber que existem pessoas dispostas a entrar nesse mundo de teorização sobre a vida, o universo e tudo mais.

O longo caminho entre 23 de julho, 2015 e 26 de outubro, 2016

     Filosofia, sempre ela. Para fazer pensar, sentir, rir, chorar e em seguida rir por estar chorando sem saber o que realmente está acontecendo (muito menos o porquê). Uma reviravolta de tudo com tudo. E, como já disse um professor por aí: "Filosofia é como procurar um gato preto no escuro e de olhos vendados". Mas, acima de tudo, é a melhor coisa que eu poderia ter encontrado no caminho.
Apesar de o sistema acadêmico não ser a maneira a qual penso ser mais adequada para a apreensão da filosofia, ainda há uma parte a qual se aproveitar. Pode ser apenas uma maneira de auto-convenção a continuar cursando, mas não acredito tão firmemente que vá por esse caminho. No fim das crises, a única conclusão a que chego é a de que cursar filosofia foi a melhor escolha que fiz em todo esse tempo e em toda essa confusão. Constantemente nos vemos travados: nos estudos, no trabalho, na vida. E em todos esses momentos nos perguntamos "o que estou fazendo e por que estou fazendo", mas as respostas quase nunca chegam por falta de saber onde procurar. Mas é ela, ela é onde procurar.
O papel da filosofia nesse pensamento é que ela te dá as questões assim como também dá as respostas, mesmo que estas também venham como questões. É algo para se viver e sentir. Com ela você se descobre e talvez consiga encontrar meios para auxiliar outros indivíduos nessa busca. Há a possibilidade de que seja ingenuidade minha pensar que o autoconhecimento realmente funcione. Porém, creio que seja o passo necessário para tornar-se uma pessoa melhor,  consequentemente, transformando também o mundo. Talvez seja essa minha utopia.
     A única maneira de tentar entender é dialogando. Às vezes somos enganados por algo que achamos que queremos, mas na verdade é só alguma imposição de algo exterior a nós. Muitas vezes me encontro novamente perdida em meio a tantas coisas cotidianas, perguntando-me onde estão minhas crenças e motivações, perguntando-me como cheguei a esse momento, perguntando-me onde queria chegar inicialmente. E então me pego perguntando o por quê de estar perguntando tudo isso. É uma perdição ao mesmo tempo em que é um divertimento - onde não há palavras para explicar assim como há um toque de que a algum lugar estou chegando (a famosa esperança).

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